Apesar de não ser muito frequente, é preciso estar atento aos sintomas da rejeição da prótese no quadril após a realização da cirurgia.
A prótese de quadril é utilizada para substituir a articulação degenerada. Poderá ser composta por componentes de metal, polietileno ou cerâmica e é colocada na cabeça do fêmur e no acetábulo (região da bacia onde o fêmur se encaixa).
O objetivo principal desta cirurgia é o alívio da dor e a recuperação da mobilidade e flexibilidade da articulação diminuindo, desta forma, a quantidade de remédios que o paciente utilizava para controle da dor.
Assim, o paciente poderá voltar a realizar as atividades do dia a dia, restabelecendo seu bem estar e qualidade de vida.
Diversas são as doenças ou lesões do quadril que podem demandar uma cirurgia de prótese de quadril.
Por exemplo, podemos citar:
Em grande parte dos casos poderemos tentar, inicialmente, um tratamento conservador com uso de medicamentos, fisioterapia, repouso, infiltração com ácido hialurônico (viscossuplementação), dentre outras práticas.
Todavia, na falha do tratamento conservador, a solução mais indicada é a cirurgia para colocação de prótese de quadril.
Em linhas gerais, a artroplastia de quadril não é uma cirurgia de urgência. Assim, após indicada, cabe ao paciente decidir o momento para sua realização.
Dessa maneira, poderá ser programada com segurança, permitindo a organização familiar e o preparo do paciente para cirurgia e reabilitação.
É executada em centro cirúrgico e leva cerca de uma hora e meia para restauração da articulação do quadril por diferentes vias cirúrgicas (anterior, posterior e lateral).
No geral, o paciente ficará internado de 2 a 3 dias e, na maioria dos casos, já poderá andar no dia seguinte, com auxílio.
Este procedimento tem uma elevada taxa de sucesso, superior a 95%. Além disso, as complicações e probabilidade de rejeição da prótese são muito baixas.
Apesar destes casos serem mais raros, precisamos estar atentos aos sintomas da rejeição da prótese no quadril.
O principal sinal seria a dor intensa e ao redor do quadril ou região da virilha. Mas pode apresentar outros sinais e sintomas, por exemplo:
Além disso, existem sinais de soltura da prótese que podemos observar nos exames de imagem, por exemplo, a migração dos componentes, osteólise, aumento radioluscência ou fratura do cimento.
Existem fatores relacionados ao paciente que podem levar à rejeição, como uma reação alérgica ao material da prótese ou a própria doença de base que ele possui.
Outros fatores relacionados à prótese e ao procedimento também podem interferir, por exemplo, a fixação inicial inadequada, perda mecânica da fixação ao longo do tempo ou perda biológica da fixação causada por osteólise induzida por partículas ao redor do implante.
Além disso, o paciente pode desenvolver uma infecção pós operatória da prótese de quadril.
Devemos lembrar que a rejeição da prótese pode ocorrer em qualquer momento da vida do paciente. No entanto, em geral, elas acontecem mais tardiamente, exceto em casos de infecções pós operatórias agudas.
Em caso de sintomas de rejeição de prótese, é necessária a avaliação do médico ortopedista especialista em quadril , que irá definir junto com o paciente quais os próximos passos para seu tratamento.
As cirurgias de prótese de quadril têm alta taxa de sucesso, mas, eventualmente, podem ter complicações que exijam uma nova cirurgia de revisão da prótese.
A revisão é um procedimento de troca parcial ou total da prótese de quadril. Dessa maneira, esta cirurgia é bem mais complexa que a colocação da prótese primária.
Geralmente, dividimos a cirurgia em 3 tempos: a retirada dos componentes, a reconstrução de falhas ósseas do quadril e a colocação da nova prótese.
Assim, o especialista programa e planeja esta cirurgia cuidadosamente, pois para cada caso são necessários equipamentos e técnicas especiais para executá-la.
A cirurgia de revisão de prótese de quadril pode permitir que os pacientes retornem à atividade normal, dependendo também da sua dedicação à reabilitação.
A sobrecarga e a falta de cuidados necessários para a manutenção da prótese pode influenciar no desgaste maior dos componentes da prótese.
Então, isso pode levar à maior produção de debris acelerando a osteólise e a soltura dos componentes.
Além disso, a falta de tratamento e controle de doenças de base, principalmente das doenças inflamatórias, também pode prejudicar a fixação biológica dos componentes.
As restrições e cuidados pós-operatórios são extremamente importantes para uma melhor fixação dos componentes e cicatrização dos tecidos e para diminuir o risco de infecção pós operatória.
Assim, fica evidente a importância de seguir todas as orientações e contar sempre com seu médico especialista, que irá te acompanhar por um longo período após a realização da sua cirurgia!
DR. RICARDO KIRIHARA
Dr. Ricardo é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e cursou Ortopedia e Traumatologia no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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