Pode ocorrer por alguns motivos, por exemplo:
Na maioria dos casos, uma bactéria chamada Staphylococcus aureus, um microrganismo que é geralmente encontrado na nossa pele, causa a osteomielite.
Esta condição afeta mais comumente a região metafisária (extremidades) de ossos longos e pode acometer crianças e adultos, embora de maneiras diferentes. Além disso, essa é uma patologia mais comum nos homens.
Em crianças, a osteomielite geralmente é aguda, surge rapidamente e, no geral, resulta melhor do que a osteomielite crônica.
Em adultos, a osteomielite pode ser aguda ou crônica. Geralmente, afeta a pelve ou as vértebras da coluna e também pode ocorrer nos pés, especialmente em uma pessoa com diabetes.
Certas condições e comportamentos aumentam o risco de osteomielite de uma pessoa, por exemplo:
Os sintomas da osteomielite são:
Além disso, a osteomielite na coluna vertebral se manifesta por meio de fortes dores, especialmente à noite.
O diagnóstico de osteomielite pode ser difícil. Assim, a avaliação inicial deve incluir histórico de sintomas sistêmicos, fatores predisponentes e um possível foco de infecção óssea no exame físico.
Por exemplo, uma úlcera do pé diabético pode indicar a presença de osteomielite por contiguidade.
Além disso, exames laboratoriais auxiliam no diagnóstico, sendo que poderemos solicitar:
Ademais, exames complementares de imagem também podem ser úteis, por exemplo:
Raio - X
Auxiliam no diagnóstico, mas não são tão úteis como seguimento no tratamento.
Estudos mostram alteração em:
Ou seja, quanto mais tarde for feito, mais grave será a infecção e mais alterado o exame.
Tomografia computadorizada
Este exame é útil nas afecções de locais anatômicos de difícil visualização por raio X, como por exemplo, região esternoclavicular, sacroilíaca e coluna.
Cintilografia
Demonstra alterações inflamatórias ou reação óssea à infecção. A osteomielite, geralmente, aparece como hipercaptação nas fases tardias.
Ressonância Magnética
Este exame é sensível para acessar o acometimento medular, mas não para acometimento cortical.
Além disso, não é um bom exame para diferenciar a osteomielite do edema da medula óssea.
Biopsia óssea
A biópsia pode ajudar a determinar o tipo de organismo que causa a infecção e guiar o melhor medicamento a ser prescrito.
O tratamento se concentra em combater a infecção e preservar o máximo das funções possíveis.
Assim, poderemos adotar:
Além disso, os antibióticos são medicamentos que ajudam a controlar a infecção e, muitas vezes, evitam a cirurgia. No entanto, podem ser necessários de 6 a 9 meses de medicação com seguimento médico e exames laboratoriais.
A osteomielite mais grave requer cirurgia para remover o tecido e o osso infectados. Assim, por meio da limpeza cirúrgica e desbridamento da doença, conseguimos o controle da infecção.
O procedimento também permite a coleta de material, o que pode ser útil para identificar o microrganismo e guiar a medicação mais adequada para o tratamento.
Infelizmente, em casos mais avançados, a osteomielite pode levar à amputação ou necessidade de fixador externo.
Nos casos em que o paciente apresenta osteomielite com a prótese de quadril, o material também pode ser considerado contaminado.
Nesse caso, será necessária a avaliação do médico ortopedista especialista em quadril, que irá definir junto com o paciente quais os próximos passos para seu tratamento.
Assim, a depender de cada caso, será possível optar por tratamento com antibiótico ou cirurgia.
A revisão cirúrgica é um procedimento de troca parcial ou total da prótese de quadril. Dessa maneira, esta cirurgia é bem mais complexa que a de colocação da prótese primária.
Geralmente, dividimos a cirurgia em 3 tempos: a retirada dos componentes, a reconstrução de falhas ósseas do quadril e a colocação da nova prótese.
Além disso, podemos optar em fazer o tratamento em dois tempos, ou seja, inicialmente tratar a infecção com a retirada da prótese e numa outra cirurgia colocar uma nova prótese.
Dessa maneira, o especialista pode programar e planejar a cirurgia cuidadosamente, pois para cada caso são necessários equipamentos e técnicas especiais para executá-la.
A osteomielite pode trazer algumas complicações para o paciente, por exemplo:
Assim, o diagnóstico e tratamento precoces são importantes para evitar maiores complicações.
Isso porque, além da melhor chance de recuperação, também evitamos que a condição se torne um problema crônico de infecções repetitivas.
Uma forma importante para prevenção desta condição é o controle e tratamento de doenças de base, como por exemplo, diabetes, AIDS e artrite reumatóide.
Além disso, é importante lavar os ferimentos das crianças sob água corrente por cinco minutos e depois fazer curativos com bandagens esterilizadas.
Assim, fica evidente que estar atento aos sinais da osteomielite é fundamental!
Então, ao notar qualquer desconforto ortopédico após uma cirurgia, acidente ou infecção em outra parte do corpo, procure um médico especializado o quanto antes!
DR. RICARDO KIRIHARA
Dr. Ricardo é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e cursou Ortopedia e Traumatologia no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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