É importante observar que nem todos os componentes da tríade precisam estar presentes para fazer o diagnóstico, apenas um é necessário.
Diversas podem ser as causas da tríade da mulher atleta, a depender de cada condição, por exemplo:
A deficiência de energia é a principal causa da tríade, e ocorre devido um desequilíbrio entre a quantidade de energia consumida e a quantidade de energia gasta durante o exercício.
Muitas vezes, isso pode envolver uma restrição consciente da ingestão de alimentos, problemas com a imagem corporal e desejo de emagrecimento.
Além disso, essas condições podem levar a distúrbios alimentares, como anorexia ou bulimia.
O problema menstrual mais grave associado à tríade é a amenorreia, definida como ausência de menstruação por 3 meses ou mais.
No entanto, atletas que têm ciclos menstruais irregulares também são suscetíveis aos efeitos da tríade.
Indivíduos com a tríade correm maior risco de apresentar baixa densidade da massa óssea, levando a ossos enfraquecidos, o que chamamos de osteopenia ou osteoporose em sua forma grave.
Então, este tipo de perda óssea pode causar um risco aumentado de fraturas por estresse.
Alguns dos principais sinais e sintomas da tríade da mulher atleta são:
A maior preocupação do impacto desta síndrome no quadril seria com as sobrecargas na região.
Isso porque, o exercício compulsivo somado a possível perda de massa muscular favorece o desenvolvimento de patologias, como tendinites e bursites de quadril.
Assim, com essas alterações sistêmicas relacionadas a tríade da mulher atleta, o simples fato da mulher manter a atividade física que já está acostumada a fazer pode levar a lesões mais graves, como as fraturas de estresse.
Na suspeita de que a atleta possa ter um dos componentes da tríade, a investigação diagnóstica é necessária.
Para isso, seria interessante a avaliação de uma equipe multidisciplinar com nutricionista e ginecologista.
Já na avaliação inicial podemos verificar diversos fatores, por exemplo:
Assim como o diagnóstico pode precisar de uma avaliação multidisciplinar, o tratamento também requer uma abordagem multidisciplinar.
A equipe pode ser composta por vários profissionais, como por exemplo, ortopedista, ginecologista, psiquiatra, fisioterapeuta, nutricionista e seu treinador.
Então, a princípio, tentamos realizar o tratamento sem intervenção farmacológica.
Normalmente, a baixa disponibilidade de energia está diretamente relacionada à disfunção menstrual e à baixa densidade mineral óssea, por isso é preciso ser abordada em primeiro lugar.
Assim, uma educação e aconselhamento nutricional associado à uma regressão do gasto energético, reduzindo ou cessando as atividades físicas por um período, pode ajudar na recuperação do peso corporal e da saúde óssea, além do retorno da menstruação.
Devemos considerar as intervenções farmacológicas se não houver melhora no quadro da paciente após um ano de intervenção não farmacológica e/ou se a atleta tiver um histórico relevante de fraturas.
Nesses casos, podemos considerar uma série de medidas, por exemplo, uso de contraceptivos orais, esteróides gonadais (estrogênio, progesterona e testosterona), medicamentos restauradores ósseos, vitamina D e antidepressivos.
Além disso, dependendo da gravidade de cada caso, pode ser necessário até a internação hospitalar.
Inicialmente, será preciso manter as avaliações de rotina com a equipe multidisciplinar: ortopedista, ginecologista e nutricionista.
A manutenção de um balanço entre os exercícios e a alimentação é muito importante.
A atleta pode também prestar atenção no seu ciclo menstrual e controlar seu peso, pois notando alguma alteração já pode buscar orientações.
No entanto, muitas vezes, o quadro só é notado quando mais agravado ou somente percebido por pessoas do convívio da mulher.
Isso ocorre, principalmente, quando o problema já envolve algum transtorno psicológico, como compulsão por treinos ou preocupação com o peso.
Portanto, se você conhece alguém que possa estar nessa situação, ajuda-a a procurar por assistência!
DR. RICARDO KIRIHARA
Dr. Ricardo é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e cursou Ortopedia e Traumatologia no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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