O que é a tríade da mulher atleta?

12 de maio de 2022
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A tríade da mulher atleta é uma síndrome em que três condições podem coexistir: disfunção menstrual, baixa densidade mineral óssea e baixa disponibilidade de energia com ou sem transtorno alimentar.




É importante observar que nem todos os componentes da tríade precisam estar presentes para fazer o diagnóstico, apenas um é necessário.


Quais as causas deste problema?


Diversas podem ser as causas da tríade da mulher atleta, a depender de cada condição, por exemplo:


  • Baixa disponibilidade de energia com ou sem transtorno alimentar


A deficiência de energia é a principal causa da tríade, e ocorre devido um desequilíbrio entre a quantidade de energia consumida e a quantidade de energia gasta durante o exercício.


Muitas vezes, isso pode envolver uma restrição consciente da ingestão de alimentos, problemas com a imagem corporal e desejo de emagrecimento.


Além disso, essas condições podem levar a distúrbios alimentares, como anorexia ou bulimia.


  • Disfunção menstrual


O problema menstrual mais grave associado à tríade é a amenorreia, definida como ausência de menstruação por 3 meses ou mais.


No entanto, atletas que têm ciclos menstruais irregulares também são suscetíveis aos efeitos da tríade.


  • Baixa densidade mineral óssea


Indivíduos com a tríade correm maior risco de apresentar baixa densidade da massa óssea, levando a ossos enfraquecidos, o que chamamos de osteopenia ou osteoporose em sua forma grave.


Então, este tipo de perda óssea pode causar um risco aumentado de fraturas por estresse.


Quais são os principais sintomas?


Alguns dos principais sinais e sintomas da tríade da mulher atleta são:


  • Perda de peso;
  • Ciclos menstruais ausentes ou irregulares; 
  • Fadiga crônica;
  • Exercício compulsivo;
  • Déficits de nutrientes;
  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Fraturas de estresse;
  • Fratura sem trauma significativo; 
  • Perda de massa muscular;
  • Diminuição do desempenho nas atividades;
  • Secura vaginal.



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Qual o impacto da tríade da mulher atleta no quadril?


A maior preocupação do impacto desta síndrome no quadril seria com as sobrecargas na região.


Isso porque, o exercício compulsivo somado a possível perda de massa muscular favorece o desenvolvimento de patologias, como tendinites e bursites de quadril. 


Assim, com essas alterações sistêmicas relacionadas a tríade da mulher atleta, o simples fato da mulher manter a atividade física que já está acostumada a fazer pode levar a lesões mais graves, como as fraturas de estresse. 


Como é o diagnóstico?


Na suspeita de que a atleta possa ter um dos componentes da tríade, a investigação diagnóstica é necessária.


Para isso, seria interessante a avaliação de uma equipe multidisciplinar com nutricionista e ginecologista.


Já na avaliação inicial podemos verificar diversos fatores, por exemplo:


  • Peso e altura; 
  • Hábitos alimentares ou distúrbios alimentares;
  • Ciclo menstrual;
  • Ocorrência de fraturas;
  • Possibilidade de gestação;
  • Solicitar exames laboratoriais;
  • Solicitar densitometria óssea e/ou exames de imagem.


Como fazer o tratamento da tríade da mulher atleta? 


Assim como o diagnóstico pode precisar de uma avaliação multidisciplinar, o tratamento também requer uma abordagem multidisciplinar.


A equipe pode ser composta por vários profissionais, como por exemplo, ortopedista, ginecologista, psiquiatra, fisioterapeuta, nutricionista e seu treinador. 


Então, a princípio, tentamos realizar o tratamento sem intervenção farmacológica.


Normalmente, a baixa disponibilidade de energia está diretamente relacionada à disfunção menstrual e à baixa densidade mineral óssea, por isso é preciso ser abordada em primeiro lugar.


Assim, uma educação e aconselhamento nutricional associado à uma regressão do gasto energético, reduzindo ou cessando as atividades físicas por um período, pode ajudar na recuperação do peso corporal e da saúde óssea, além do retorno da menstruação.


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Devemos considerar as intervenções farmacológicas se não houver melhora no quadro da paciente após um ano de intervenção não farmacológica e/ou se a atleta tiver um histórico relevante de fraturas.


Nesses casos, podemos considerar uma série de medidas, por exemplo, uso de contraceptivos orais, esteróides gonadais (estrogênio, progesterona e testosterona), medicamentos restauradores ósseos, vitamina D e antidepressivos. 


Além disso, dependendo da gravidade de cada caso, pode ser necessário até a internação hospitalar.


Como atuar na prevenção?


Inicialmente, será preciso manter as avaliações de rotina com a equipe multidisciplinar: ortopedista, ginecologista e nutricionista.


A manutenção de um balanço entre os exercícios e a alimentação é muito importante.


A atleta pode também prestar atenção no seu ciclo menstrual e controlar seu peso, pois notando alguma alteração já pode buscar orientações.


No entanto, muitas vezes, o quadro só é notado quando mais agravado ou somente percebido por pessoas do convívio da mulher.


Isso ocorre, principalmente, quando o problema já envolve algum transtorno psicológico, como compulsão por treinos ou preocupação com o peso.


Portanto, se você conhece alguém que possa estar nessa situação, ajuda-a a procurar por assistência!


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