A bursite trocantérica no quadril ocorre quando há inflamação das bursas nesta região, resultando em dor e limitação funcional na lateral do quadril.

Além da bursite, outras condições, como a tendinite do quadril, também podem causar dor trocantérica. 

Isso levou alguns especialistas a utilizarem o termo Síndrome de Dor do Grande Trocanter (SDGT) para descrever casos de dor na região lateral do quadril.

O que causa essa condição?

A bursite trocantérica é a forma mais comum da bursite no quadril, afetando mais mulheres do que homens. 

Sua causa pode ser multifatorial, incluindo:

• Pressão prolongada sobre o trocânter maior, como deitar-se sobre o quadril ou permanecer por muito tempo na mesma posição;
• Sobrecarga mecânica causada por desequilíbrios musculares, que podem ocorrer durante atividades físicas ou trabalho excessivo;
• Falta de alongamento;
• Sobrepeso;
• Traumas no quadril;
• Cirurgias prévias no quadril, no membro inferior contralateral ou na coluna, que alteram a mecânica e a carga nos quadris;
• Alterações na marcha, como discrepâncias no comprimento dos membros;
• Estrutura óssea mais larga do quadril em mulheres;
• Mudanças hormonais, que podem resultar em menor lubrificação articular.

Além disso, a bursite do quadril é comum em pessoas sedentárias ou que passam longos períodos sentadas, podendo estar associada a outras condições, como artrite reumatoide, tendinites ou até infecções. 

Por outro lado, corredores, especialmente mulheres, e praticantes de atividades com movimentos repetitivos do quadril também são suscetíveis. 

O principal fator de risco é o desequilíbrio muscular, que, junto à falta de flexibilidade e preparo, provoca atrito nas estruturas locais, levando à inflamação das bursas.

Quais são os sintomas da bursite trocantérica?

Os sintomas da bursite no quadril incluem:

• Dor na lateral do quadril, especialmente ao deitar-se de lado;
• Sensação de queimação;
• Dor ao subir e descer escadas ou ao se levantar de cadeiras;
• Irradiação da dor para a coxa ou joelho;
• Limitação funcional;
• Dificuldade para caminhar;
• Sensação de fraqueza.

Os sintomas podem melhorar com o movimento ao longo do dia, mas tendem a piorar à noite.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico geralmente é baseado na história clínica e em uma avaliação física. 

No entanto, exames de imagem, como radiografias, ultrassonografia ou ressonância magnética, podem ser necessários para confirmar a condição e identificar possíveis lesões associadas, como tendinites, rupturas de tendão, coxartrose e outras doenças do quadril.

Quais são as opções de tratamento para bursite trocantérica?

Na maioria dos casos, o tratamento clínico oferece bons resultados. As opções incluem:

• Redução ou ajuste das atividades físicas;
• Perda de peso e mudança de hábitos;
• Aplicação de gelo no local da dor;
• Uso de analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides;
• Fisioterapia com foco em analgesia, alongamento e fortalecimento muscular;
• Tratamento com ondas de choque;
• Acupuntura;
• Infiltrações.

Também é fundamental tratar as possíveis causas subjacentes da bursite, como artrite reumatoide, alterações na marcha ou problemas hormonais. 

Quando o tratamento conservador não é eficaz, a cirurgia para remoção da bursa inflamada pode ser necessária. 

Essa cirurgia pode ser feita de forma aberta ou por vídeo, embora raramente seja indicada devido ao risco de recorrência dos sintomas ou persistência da dor.

Durante o tratamento, especialmente nas fases agudas, o repouso das atividades físicas é essencial. 

No entanto, cada caso deve ser tratado de maneira personalizada. Em casos mais leves, a retomada das atividades físicas pode ser mais rápida.



Para muitos pacientes, o fortalecimento muscular e o equilíbrio são fundamentais, enquanto outros precisam focar na correção dos movimentos. 

A reabilitação motora é essencial para que o paciente retome sua vida ativa e evite a reincidência dos sintomas.

Além disso, é importante respeitar os períodos de descanso durante os treinos para que o corpo se recupere de maneira adequada.

Como prevenir a bursite trocantérica?

O melhor método de prevenção é a prática regular de atividades físicas e alongamentos, que ajudam a manter o equilíbrio muscular e o controle do peso corporal. 

Também é essencial receber orientação adequada para a prática esportiva, a fim de corrigir posturas e evitar movimentos incorretos que possam sobrecarregar os quadris.

Quando procurar um especialista?

Se os sintomas persistirem, é recomendável consultar um ortopedista especializado em quadril para uma avaliação detalhada.

O que acontece se a bursite trocantérica não for tratada?

Se não for tratada, a bursite pode evoluir, resultando em complicações como:

• Dor crônica que limita as atividades diárias;
• Dificuldade para caminhar;
• Mobilidade reduzida;
• Distúrbios do sono devido à dor.

Além disso, em alguns casos, as injeções de corticoide podem causar complicações, como o rompimento de tendões. 

Isso ressalta a importância de procurar um especialista ao notar os primeiros sinais, garantindo um diagnóstico rápido e um tratamento eficaz.



Então, caso esteja sentindo dores no quadril, agende sua consulta e inicie o tratamento adequado!