Ao avaliar o câncer ósseo do quadril, nosso foco está nos cânceres primários. Isso porque, este câncer não inclui cânceres com metástase que se espalham para o quadril.
Assim, os principais tumores de quadril são:
O osteossarcoma ocorre, normalmente, em crianças, adolescentes e adultos jovens e afeta mais frequentemente locais de rápido crescimento ósseo, como por exemplo:
No entanto, esse tipo de tumor pode ocorrer em qualquer osso, especialmente em adultos.
Além disso, os tumores de osteossarcoma podem causar metástases nos pulmões.
O condrossarcoma começa na cartilagem, acomete principalmente adultos com mais de 40 anos e sua prevalência aumenta com a idade. Além disso, esse câncer é ligeiramente mais frequente nos homens.
Em adultos, este é o tipo de câncer ósseo com maior probabilidade de afetar o quadril. Pode acontecer na pelve, fêmur proximal, úmero proximal e na mão.
O sarcoma de Ewing é um tumor altamente maligno que afeta os ossos e tecidos moles de crianças e adolescentes entre 5 e 25 anos.
É uma doença que costuma afetar metáfises de ossos longos (mas pode se estender à diáfise) e ossos chatos (cintura escapular e pélvica).
Além disso, crianças e adolescentes acometidas, geralmente, apresentam dor, claudicação e febre intermitente. Esta é uma condição rara em negros.
Em 20% dos casos, o paciente com tumor no quadril pode ser assintomático.
Quando os sintomas surgem, os principais são:
A suspeita de tumor no quadril surge durante a análise clínica do paciente.
Então, solicitamos alguns exames de imagem e laboratoriais que podem auxiliar no diagnóstico:
Além disso, em alguns casos, a biópsia do tumor pode ser utilizada para auxílio diagnóstico.
O papel do ortopedista de quadril é auxiliar no diagnóstico precoce do tumor de quadril.
Sabemos que quanto antes fecharmos o diagnóstico, melhor o prognóstico da maioria dos tumores de quadril.
Além disso, o ortopedista de quadril irá orientar o paciente sobre os próximos passos do tratamento, que pode variar dependendo dos tipos de tumores.
No entanto, é importante o estadiamento da doença para auxiliar nas decisões de tratamento de cada paciente.
Quando for possível realizar a biopsia, ela pode identificar o tumor e também tratar, nos casos em que já ressecamos a lesão e enviamos para análise.
A radioterapia é outra opção de tratamento que, por meio da formação de radicais livres, lesam o DNA das células.
Assim, fornecemos a dose mais alta de radiação possível nas células tumorais e reduzimos ao máximo a toxicidade para os tecidos normais.
Já a quimioterapia é o tratamento medicamentoso que também age sobre as células cancerígenas que estão espalhadas.
Tanto a radioterapia quanto a quimioterapia podem ser feitas tanto antes como após a cirurgia:
A cirurgia, quando necessária, geralmente consiste na ressecção do tumor.
A extensão e complexidade da cirurgia pode depender do tipo e da extensão do tumor do quadril. Então, devemos levar em consideração a margem da lesão para o tratamento.
Portanto, alguns casos de ressecção podem ser reconstruídos com tecido ou substituídos por próteses.
Além disso, em casos mais graves, o tamanho da lesão pode gerar a necessidade de amputação do membro.
Por isso, é essencial contar com uma equipe especializada, que será responsável por estudar cada caso e adotar o melhor tratamento disponível.
Então, caso tenha dores ou desconfortos no quadril, procure um ortopedista especialista para avaliar seu quadro clínico.
Isso porque, quanto antes identificarmos qualquer problema na região, melhor será o prognóstico!
DR. RICARDO KIRIHARA
Dr. Ricardo é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e cursou Ortopedia e Traumatologia no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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