A ressonância magnética (RM) do quadril é um exame complementar de imagem que oferece ao médico informações anatômicas (morfológicas) do quadril.
Na RM podemos visualizar estruturas ósseas, fibrocartilaginosas, ligamentares, tendões e músculos. Assim, sua maior vantagem em relação a Radiografia e Tomografia Computadorizada é a melhor caracterização de estruturas de partes moles, como o revestimento condral, lábio acetabular e tendões.
Quais doenças e lesões a ressonância do quadril ajuda a diagnosticar?
As lesões mais comuns que a RM pode caracterizar são a artrose (desgaste do revestimento condral), lesões de lábio acetabular, lesões tendíneas e musculares.
Além disso, embora menos comum, podemos usar esse exame para fazer a avaliação de lesões neoplásicas, infecciosas e inflamatórias.
Como este exame é feito?
O exame é feito em posição deitada com as costas para baixo (decúbito dorsal). Então, uma bobina é posicionada em torno do paciente na região da bacia.
Para o exame de ressonância magnética de quadril, a cabeça pode ficar para fora do tubo (em pacientes claustrofóbicos). Em alguns centros, os pés são envoltos por uma fita para melhorar a avaliação do resultado.
No geral, este exame dura cerca de 20 minutos e, em grande parte das vezes, não é preciso utilizar o meio de contraste.
Além disso, a maioria dos laboratórios não recomenda nenhum preparo para sua execução.
Existem pacientes que não podem fazer a ressonância? Nesse caso, há algum exame substituto?
A RM tem algumas contraindicações, por exemplo:
- Portadores de marca-passo ou dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis;
- Portadores de metal intraocular (exceto lente intraocular);
- Usuários de piercings e qualquer tipo de acessório ferromagnético não removível;
- Cílios postiços magnéticos.
Ademais, pacientes com tatuagem recente devem aguardar cerca de 30 dias para fazer o exame, de modo a evitar o risco de deformar o desenho.
As pessoas que possuam dispositivos/implantes metálicos ou eletrônicos, próteses de ouvido ou expansor mamário devem apresentar um documento que comprove a compatibilidade com o ambiente de ressonância magnética.
Este é o exame mais efetivo (padrão-ouro) para diagnosticar diversas patologias, sobretudo as que envolvem estruturas de partes moles (musculotendíneas e ligamentares).
No entanto, podemos utilizar a ultrassonografia e tomografia computadorizada como ferramentas complementares ou para substituir a RM, quando necessário.
Caso você tenha que realizar este exame e tenha algumas dúvidas, não deixe de conversar com seu médico para esclarecê-las e fique tranquilo!
Créditos: Dr Affonso Cardoso de Oliveira Neto - CRM 168273 (Médico Radiologista especializado em musculoesquelética)