A Pubalgia é uma síndrome caracterizada pela dor na região da sínfise púbica, localizada na frente da bacia. Possui diversos sinônimos, como pubeíte ou osteíte púbica.
Essa patologia é comum em atletas de alto rendimento, principalmente jogadores de futebol.
Todavia, c om o aumento das práticas esportivas recreativas, houve um aumento considerável no número de casos em não atletas.
Além disso, podemos dizer que a pubalgia é mais comum em homens do que em mulheres.
As queixas dos pacientes são, principalmente:
Os sintomas podem iniciar-se mais leves, mas podem evoluir levando à uma incapacidade de realizar atividades do dia a dia.
Além disso, é importante ressaltar que a região do púbis pode apresentar sintomas relacionados a outras patologias, como doenças gastrointestinais, ginecológicas, urológicas e neurológicas.
Nesses casos, será apontada a necessidade da avaliação do especialista da área.
Os quadros também podem se apresentar de maneiras agudas, secundárias a eventos traumáticos por lesões musculares numa partida de futebol, por exemplo.
Como mencionado anteriormente, é importante excluir causas de pubalgia relacionadas a outras especialidades como: hérnia inguinal, prostatite, diverticulite, infecção urinária, gravidez ectópica e neuropatia periférica.
A sínfise púbica ou púbis é uma articulação fixa, que fica sujeita a inúmeras forças de sentidos diferentes.
Durante a prática esportiva, as musculaturas abdominais e adutoras exercem forças de intensidades grandes e com bastante repetições.
Essas forças possibilitam os movimentos de grande amplitude, as alterações de direção, os saltos, as mudanças na aceleração e os chutes. Todavia, com isso, a sínfise púbica sofre bastante estresse.
Portanto, o desequilíbrio das forças musculares adjacentes a essa articulação podem causar as alterações da região, como tendinites, edema ósseo, lesões musculares e degeneração articular.
Além disso, as síndromes de pubalgia também podem ser causadas por alterações mecânicas músculo esqueléticas, como por exemplo, artrose no quadril , impacto femoroacetabular , fraturas de estresse ou sequelas de membros inferiores.
Alguns sintomas de radiculopatia lombossacral também podem simular os sintomas da pubalgia.
A pubalgia pode ter causas multifatoriais, dessa forma, o exame físico e os exames de imagem são essenciais para o diagnóstico.
O exame físico pode apresentar:
No geral, podemos direcionar os exames de imagens de acordo com a suspeita clínica.
Assim, a radiografia simples, ultrassonografia e a ressonância nuclear magnética podem ser utilizadas para auxiliar no diagnóstico.
O tratamento da pubalgia, na grande maioria dos casos, é conservador e engloba:
Assim, a cirurgia está reservada para os pacientes que não melhoram com tratamento clínico.
Na cirurgia, realizamos a liberação parcial dos tendões dos músculos reto abdominal e adutores com objetivo de enfraquecê-los e, assim, atingir um reequilíbrio muscular.
O trabalho de reinserção para a atividade esportiva de cada paciente é realizado individualmente, pois pode depender do quadro inicial da doença e da evolução do paciente ao longo do tratamento.
A pubalgia geralmente está relacionada aos esportes que demandam as seguintes atividades:
A melhor forma de prevenção da pubalgia é o preparo físico do corpo para determinadas atividades, fortalecendo o CORE e a estabilidade pélvica.
Ainda assim, mesmo um atleta bem preparado sofre lesões. Podemos prestar mais atenção nos sinais de alerta do corpo, a fim de tentar evitar episódios de sobrecarga das estruturas.
Além disso, orientações e treinamento para as práticas esportivas também são essenciais, possibilitando correção na execução de movimentos e nas posturas durante as atividades.
Existem alguns outros cuidados importantes, como por exemplo:
Como vimos, a pubalgia é uma doença que demanda um diagnóstico preciso. Caso você sinta os sintomas citados neste artigo, procure um ortopedista especialista em quadril para lhe auxiliar.
O post Pubalgia: entenda mais sobre a doença apareceu primeiro em Dr. Ricardo Kirihara.
DR. RICARDO KIRIHARA
Dr. Ricardo é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e cursou Ortopedia e Traumatologia no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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