A osteoporose transitória do quadril é uma condição rara e temporária que pode causar bastante desconforto e impactar a qualidade de vida do paciente.
Caracterizada por dor súbita e desmineralização óssea temporária, essa patologia afeta o fêmur e, embora seja mais comum em homens, também pode ocorrer em mulheres.
Assim, devido à sua natureza pouco conhecida e sintomas que podem se assemelhar a outras condições, é importante entender como identificar e diagnosticar corretamente essa doença.
O que é a osteoporose transitória no quadril?
A osteoporose transitória no quadril, ou osteoporose transitória idiopática do quadril, é uma condição que afeta o fêmur.
Os sintomas iniciais incluem dor súbita, seguidos por sinais de desmineralização óssea temporária.
A doença caracteriza-se por fases nos exames de imagem, chamadas de fases de Grimm, confira abaixo:
- Difusa: edema ósseo;
- Focal: 2 a 3 meses após o início dos sintomas, período em que a radiografia já demonstra desmineralização;
- Residual: 2 a 3 meses após a fase focal, quando a osteoporose está se resolvendo.
Existe algum grupo de risco para essa condição?
A epidemiologia dessa condição mostra que:
- É mais comum em homens do que em mulheres;
- Quando ocorre em mulheres, é mais frequente na gestação tardia ou no pós-parto imediato;
- Pode ocorrer bilateralmente em ⅓ dos casos, mas não ao mesmo tempo.
Quais as causas do problema?
Não existe uma causa aparente para a osteoporose transitória do quadril, por isso é chamada de idiopática.
Dessa forma, a dor súbita ocorre sem relação com qualquer outro fator.
Quais são os sintomas da osteoporose transitória no quadril?
Os sintomas incluem principalmente:
- Dor e claudicação;
- Perda muscular local;
- Alterações nas radiografias (desmineralização), que podem não aparecer até 6 semanas após o início dos sintomas.

Como realizamos o diagnóstico?
Os exames de imagem são essenciais para o diagnóstico e tratamento da osteoporose transitória do quadril.
Na maioria dos casos, as radiografias do quadril são suficientes para diagnosticar a condição, mostrando desmineralização óssea que pode surgir após 6 semanas do início dos sintomas.
Nos casos mais iniciais, podemos investigar por meio de cintilografias e ressonância magnética nuclear (RMN).
Nesse sentido, a RMN é o exame padrão-ouro para o diagnóstico, pois permite avaliar a fase da patologia e diferenciar a osteoporose transitória de outras condições, como a necrose da cabeça femoral e a fratura por insuficiência da cabeça femoral.
Como será o tratamento da osteoporose transitória no quadril?
A condição geralmente se resolve com medidas conservadoras ao longo de alguns meses, portanto, a cirurgia não é indicada.
Assim, as opções de tratamento incluem:
- Analgesia;
- Suplementação de cálcio, vitamina D e bifosfonatos;

- Proteção de carga (devido à alteração da microarquitetura);
- Restrição de atividade física;
- Terapia por ondas de choque;
- Fisioterapia motora;
- Acupuntura;
É possível prevenir esta condição?
Infelizmente, não é possível prevenir essa condição devido à ausência de causas aparentes.
Porém, lembramos que ignorar os sintomas relacionados à osteoporose transitória do quadril pode levar a complicações e prolongar o desconforto.
Portanto, se você ou alguém que conhece apresentar sinais de dor súbita e desmineralização óssea, é fundamental agendar uma consulta com o ortopedista especializado em quadril.
Esse especialista está capacitado para identificar a fase da doença, diferenciar de outras condições semelhantes e indicar o melhor plano de tratamento para o seu caso!