Luxação congênita de quadril: como reconhecer e tratar nos primeiros anos de vida?

12 de setembro de 2024
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A luxação congênita de quadril é uma condição ortopédica que pode afetar recém-nascidos e bebês, ocorrendo quando a articulação dessa região não se desenvolve adequadamente.

Assim, identificar essa condição precocemente é crucial para o desenvolvimento saudável da criança.


Isso porque o tratamento nos primeiros anos de vida pode evitar complicações futuras e garantir uma correção eficaz.


Então, acompanhe esse artigo para conhecer os principais sinais de alerta, métodos de diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis para lidar com essa condição.


O que é a luxação congênita de quadril?


O quadril é formado pela junção do osso da coxa, o fêmur, com o osso da bacia, e é uma das maiores articulações do corpo humano.


Ele é composto por várias estruturas, incluindo os ossos, cartilagens, músculos, ligamentos e tendões. 


A luxação congênita de quadril é uma condição em que a criança nasce com a cabeça do fêmur fora da cavidade do quadril.


Também conhecida como displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ), esse é um distúrbio de desenvolvimento anormal do quadril resultando em displasia, subluxação e luxação do quadril secundária à frouxidão capsular e fatores mecânicos.


Quais são as causas e fatores de risco para a luxação congênita de quadril?


Entre os principais fatores de risco para essa condição, destacamos:


  • Histórico familiar de luxação congênita de quadril;
  • Fatores genéticos;
  • Primeira gestação;
  • Sexo feminino;
  • Posição do bebê no útero;
  • Baixo líquido amniótico;
  • Macrossomia;
  • Enfaxamento.


Ademais, a Luxação congênita de quadril pode estar associada à :


  • Torcicolo muscular congênito (20%);
  • Metatarso aduto (10%);
  • Luxação congênita do joelho.



Acredita-se que a Luxação congênita de quadril ocorre devido a uma instabilidade inicial que pode ser causada por frouxidão materna e fetal, frouxidão genética e mau posicionamento intrauterino e pós-natal. 


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A deficiência típica ocorre no acetábulo anterior ou ântero lateral e leva à subluxação e ao deslocamento gradual do quadril.


Também é importante citar que a luxação congênita de quadril abrange um espectro de condições que inclui:


  • Displasia: acetábulo raso ou subdesenvolvido;
  • Subluxação: deslocamento da junta com algum contato remanescente entre as superfícies articulares;
  • Luxação: deslocamento completo da articulação sem contato entre as superfícies articulares originais;
  • Quadril teratológico:
  • Deslocado no útero e irredutível no exame neonatal;
  • Apresenta-se como um pseudo acetábulo;
  • Associado a condições neuromusculares e doenças genéticas;
  • Comumente observada com artrogripose, mielomeningocele, síndrome de Larsen, Ehlers-Danlos;
  • Displasia tardia (adolescente): mecanicamente estável e reduzido, mas displásico.


Quais são as características dessa doença?


A luxação congênita de quadril é o distúrbio ortopédico mais comum em recém-nascidos.


A incidência da displasia é de 1 em 100 nascimentos, enquanto o deslocamento ocorre em aproximadamente 1 em 1000.


Observamos essa condição mais frequentemente em meninas, com uma proporção de 6:1 em relação aos meninos.


Além disso, é mais comumente observada em nativos americanos e lapões, devido a tradições culturais como enfaixar os quadris juntos em extensão.


Por outro lado, é raramente vista em afro-americanos.


O quadril esquerdo é o mais afetado, representando 60% dos casos, devido à posição fetal intra uterina mais comum, que é a posição occipital esquerda anterior, onde o quadril esquerdo é aduzido contra a coluna lombossacral da mãe.


Em cerca de 20% dos casos, a luxação pode ser bilateral.


O grau de afrouxamento do quadril, ou instabilidade, varia entre as crianças com luxação congênita de quadril, confira abaixo:


  • Subluxável: casos leves de DDQ, a cabeça do fêmur é simplesmente solta no soquete. Durante um exame físico, o osso pode ser movido dentro do soquete, mas não deslocado;
  • Deslocável: nestes casos, a cabeça do fêmur fica dentro do acetábulo, mas pode ser facilmente empurrada para fora do soquete durante um exame físico;
  • Deslocados: nos casos mais graves de DDQ, a cabeça do fêmur está completamente fora do soquete.


Quais são os sinais de luxação congênita de quadril em recém-nascidos?


Os principais sinais de luxação congênita de quadril em recém-nascidos são:


  • Assimetria nas dobras das coxas;
  • Limitação do movimento da perna;
  • Diferença de tamanho nas pernas;
  • Estalos no quadril.


Como realizamos o diagnóstico dessa condição?


A avaliação precoce para a detecção da luxação congênita de quadril em recém-nascidos é muito importante e simples, pois a condição geralmente é indolor.


Durante o exame físico, podemos identificar sinais clínicos suspeitos, e, se necessário, encaminhar o paciente para uma investigação adicional com exames de imagem, como ultrassonografia ou radiografias.


Quais são as opções de tratamento para luxação congênita de quadril?


Na luxação congênita de quadril, quanto mais precoce for o diagnóstico e menor a gravidade da displasia, melhores serão as chances de um bom resultado.


Dessa forma, o tratamento depende da idade e gravidade do caso.



No diagnóstico precoce, podemos utilizar órteses e suspensórios para corrigir casos mais leves.


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Já em casos mais graves, o tratamento cirúrgico pode ser necessário.


Nesta fase, o tratamento tem como objetivo principal manter o quadril bem centralizado, corrigindo deformidades por meio de osteotomias (cortes nos ossos) do fêmur ou da bacia.


Enquanto que no diagnóstico tardio, o tratamento varia de acordo com o grau de deficiência de cobertura e artrose.


Então, no tratamento cirúrgico podemos considerar osteotomias de correção ou a prótese de quadril.


Quais são as possíveis complicações se a luxação congênita de quadril não for tratada?


Se não tratarmos essa condição adequadamente, o paciente pode experimentar as seguintes complicações:


  • Dor crônica;
  • Alteração da postura;
  • Alteração da posição do pé;
  • Bloqueio da articulação;
  • Claudicação (dificuldade para caminhar);
  • Diferença de comprimento dos membros;
  • Limitação de mobilidade;
  • Artrose precoce.


Assim, é importante ressaltar que o diagnóstico e tratamento precoce da luxação congênita de quadril são fundamentais para evitar complicações futuras e garantir o desenvolvimento saudável da criança.


Os pais devem ficar atentos aos sinais desta condição e procurar ajuda médica assim que possível.



Em caso de dúvida, agende uma consulta com o especialista em quadril imediatamente.


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