O uso do gelo no quadril, que também chamamos de crioterapia, é um recurso de fácil acesso, eficiente e barato, que tem efeito anti-inflamatório e age no controle da dor aguda de uma lesão recém provocada.

Além disso, a realização de compressas de gelo “esquecidas”, ou seja, sem a marcação de duração, também podem não ter o efeito desejado. 

Qual a diferença de fazer compressa de gelo no quadril ou compressa quente? Como fazer as compressas quentes?

Devemos usar o gelo em lesões agudas, traumas recém acontecidos, estiramentos e lesões musculares que se encontram na fase inflamatória. 

Já as compressas quentes indicamos para outras situações, por exemplo, lesões crônicas, espasmos musculares, alívio de tensões, dores na coluna, relaxamento, diminuição de estresse e favorecimento da vasodilatação. 

No geral, os cuidados são os mesmos para compressas frias ou quentes: sempre proteger a pele; respeitar o tempo de compressa; e ter cuidado com pacientes com déficit de sensibilidade, principalmente os diabéticos, idosos e pessoas com problemas cognitivos.   

Assunto controverso para traumas agudos!

Atualmente, existe uma linha de estudos e médicos que acreditam que a inflamação pós trauma recente é importante para a cicatrização do tecido.

Então, os pesquisadores acreditam que a inflamação é realmente um componente necessário para a cura adequada.

Um pequeno estudo não encontrou diferença na recuperação de pacientes com lesão no tornozelo que não receberam gelo, gelo e compressão ou gelo sem compressão.

Assim, os pesquisadores defendem que o principal benefício do gelo é o alívio da dor e que ele deve ser aplicado imediatamente após uma lesão e apenas por um curto período de tempo.

Ou seja, a recomendação seria não realizar a compressa por mais de 5 minutos e remove-la por, no mínimo, 20 minutos antes de reaplica-la.

Inclusive, o estudo relata que não há benefícios em aplicar o gelo em uma lesão que ocorreu há mais de seis horas.

Além disso, a elevação do membro, a compressão da lesão, a reabilitação funcional precoce e o treino de equilíbrio podem ser mais benéficos para o paciente e mais eficaz do que a imobilização da lesão. Apesar disso, o tratamento deve ser adaptado para cada paciente.

Em atletas, é importante prestar atenção a todos os sinais de alerta que o corpo envia para evitar lesões.

Ademais, medidas preventivas e preparo para as atividades, como exercitar-se dentro de seus limites físicos e usar equipamentos de proteção, podem ser essenciais.

Então, se você sofrer uma lesão, é importante parar a atividade que a desencadeou e fazer uma avaliação médica para determinar a extensão da lesão e iniciar o processo de reabilitação rapidamente.

Créditos: 

Débola Vilas Bôas - Fisioterapeuta

CREFITO-3: 160777-F

(11)94796-0224

@DRA.DEBORAVILASBOAS