Indicamos esta cirurgia nos estágios iniciais da doença e quando o paciente apresenta sintomas de dor, geralmente noturna.
Não sabemos ao certo o motivo pelo qual a cabeça do fêmur começa a morrer. Existem algumas teorias para as causas da necrose, por exemplo:
No geral, o fator de risco mais comum para a osteonecrose é o uso de corticoides (corticosteroides ou glicocorticoides).
Esses medicamentos são usados no tratamento de muitas situações, como por exemplo, doenças reumáticas, doenças de pele e em quimioterapias para tumores.
No entanto, a relação do uso dos corticoides com a patologia não é dose dependente. Isso quer dizer que os pacientes em uso crônico estão em maior risco, mas o uso por pequenos períodos também pode causar necrose da cabeça femoral.
O procedimento consiste em realizar um orifício maior ou vários orifícios menores na cabeça do fêmur de modo a atingir a região de osso morto para aliviar a pressão e, consequentemente, diminuir a dor do paciente.
Realizamos a cirurgia por meio de uma técnica minimamente invasiva na qual fazemos uma pequena incisão no quadril e colocamos um fio-guia pelo colo da cabeça femoral até a área necrótica (morta).
Além disso, o procedimento é acompanhado por uma máquina de imagem de raios-X ao vivo (chamada de fluoroscopia ou escopia) para guiar os instrumentos cirúrgicos até o osso danificado.
Então, fazemos o orifício ao longo do fio e removemos o osso morto. Existe também a opção de colocarmos enxerto ósseo para substituir o osso necrótico.
Após o procedimento, utilizamos suturas para fechar as pequenas incisões.
Geralmente, realizamos a raquianestesia e o procedimento dura cerca de uma hora, sendo que o paciente pode receber alta no dia seguinte.
Dessa maneira, ao realizar a descompressão do quadril, aliviamos a pressão dentro do osso, melhorando os sintomas de dor e podendo retardar uma maior destruição do osso e da articulação do quadril (colapso da cabeça femoral).
Além disso, podemos sugerir tratamentos aliados à descompressão:
Ressaltamos que o uso de bifosfonatos e condroprotetores são ainda discutidos no tratamento dessa patologia.
O pós-operatório da descompressão da cabeça femoral é feito da seguinte forma:
Em linhas gerais, o retorno das atividades ocorrerá de 6 a 8 semanas após o procedimento, a depender de cada caso.
Além disso, o acompanhamento com o ortopedista será essencial para adaptar a reabilitação, caso necessário.
A descompressão da cabeça femoral apresenta uma melhora inicial dos sintomas.
No entanto, estudos recentes mostram que este procedimento não influencia na progressão da doença.
No geral, a osteonecrose é de difícil diagnóstico e, por isso, a indicação da descompressão nem sempre é possível, já que ela deve ser feita nas fases iniciais da doença.
Na maioria das vezes, o diagnóstico é feito em estágios avançados quando já temos um colapso da cabeça femoral estabelecido e, nestes casos, o tratamento indicado é a artroplastia total de quadril.
Para se ter uma ideia, um estudo publicado mostra que o curso normal da doença, que leva ao colapso da cabeça do fêmur, foi observado em 73,3% dos casos.
Além disso, em 50% dos casos houve a indicação da colocação de prótese no quadril devido queixas álgicas cerca de 1,13 anos após a realização da descompressão da cabeça femoral.
Então, na grande maioria dos casos, mesmo com a descompressão, o desfecho costuma ser a progressão natural da doença.
O mais importante será contar com um ortopedista especialista para fazer um bom diagnóstico e indicar o melhor tratamento.
Não postergue a ida ao médico! Quanto antes você iniciar a se cuidar, melhor.
DR. RICARDO KIRIHARA
Dr. Ricardo é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e cursou Ortopedia e Traumatologia no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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