Osteíte púbica: o que é e como tratar?

fev. 01, 2024
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A osteíte púbica é caracterizada por dor na região da sínfise púbica, região localizada na parte frontal da bacia.

Embora seja frequentemente associada a atletas de alto rendimento, a crescente popularidade das práticas esportivas tem contribuído para um aumento de casos em não atletas.


Os sintomas da osteíte púbica incluem dor no baixo abdome, com irradiação para a parte interna das coxas, genital ou períneo.

Com o passar do tempo, os incômodos podem evoluir, levando à incapacidade de realizar atividades cotidianas.


Assim, a osteíte púbica demanda uma investigação minuciosa, sendo crucial procurar a orientação do ortopedista especializado em quadril ao perceber os sintomas relatados.


O que caracteriza a osteíte púbica? 


A osteíte púbica é uma síndrome caracterizada pela dor na região da sínfise púbica, localizada na frente da bacia.


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É importante esclarecer que essa condição possui diversos sinônimos, como pubeíte ou pubalgia. 


Essa patologia é comum em atletas de alto rendimento, principalmente jogadores de futebol. 


Todavia, como dissemos, o aumento das práticas esportivas recreativas fez os casos desta condição em não atletas aumentar.

Além disso, podemos dizer que a pubalgia é mais comum em homens do que em mulheres.


Como essa condição se desenvolve?


A sínfise púbica ou púbis é uma articulação fixa, que fica sujeita a inúmeras forças de sentidos diferentes. 


Durante a prática esportiva, as musculaturas abdominais e adutoras exercem forças de intensidades grandes e com bastante repetições. 


Essas forças possibilitam os movimentos de grande amplitude, as alterações de direção, os saltos, as mudanças na aceleração e os chutes. Todavia, com isso, a sínfise púbica sofre bastante estresse. 


Portanto, o desequilíbrio das forças musculares adjacentes a essa articulação pode causar as alterações da região, como tendinites, edema ósseo, lesões musculares e degeneração articular. 


Além disso, as síndromes de pubalgia também podem ser causadas por alterações mecânicas músculo esqueléticas, como por exemplo, artrose no quadril, impacto femoroacetabular, fraturas de estresse ou sequelas de membros inferiores. 



Alguns sintomas de radiculopatia lombossacral também podem simular os sintomas da pubalgia. 


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Quais são os sintomas associados à osteíte púbica?


As principais queixas dos pacientes são:


  • Dor na parte inferior do abdome;
  • Irradiação para parte interna das coxas, genital ou períneo;
  • Piora da dor durante atividade: chute, arrancada, abdominais;
  • Dor durante atividade sexual;
  • Geralmente, dor mais comum unilateral.


Os sintomas podem iniciar-se mais leves, mas podem evoluir levando à uma incapacidade de realizar atividades do dia a dia. 


Além disso, é importante ressaltar que a região do púbis pode apresentar sintomas relacionados a outras patologias, como doenças gastrointestinais, ginecológicas, urológicas e neurológicas.


Nesses casos, será apontada a necessidade da avaliação do especialista da área.


Os quadros também podem se apresentar de maneiras agudas, secundárias a eventos traumáticos por lesões musculares numa partida de futebol, por exemplo. 


Quais os fatores de risco para o desenvolvimento desta condição?


A osteíte púbica geralmente está relacionada aos esportes que demandam as seguintes atividades:


  • Movimentos amplos;
  • Movimentos repetitivos;
  • Aceleração e desaceleração rápida;
  • Mudança de direção súbita;
  • Saltos com apoio monopodálico;
  • Chutes.


Como é feito o diagnóstico da osteíte púbica?


A osteíte púbica pode ter causas multifatoriais, dessa forma, o exame físico e os testes de imagem são essenciais para o diagnóstico. 


O exame físico pode apresentar:


  • Dor à palpação do pubis e dos adutores;
  • Dor à abertura da pelve (teste de Volkmann);
  • Piora da dor com flexão do tronco e abdominal; 
  • Dor à adução resistida;
  • Dor ao apoio monopodálico.


No geral, podemos direcionar os exames de imagens de acordo com a suspeita clínica.


Dessa forma, a radiografia simples, ultrassonografia e a ressonância nuclear magnética podem ser utilizadas para auxiliar no diagnóstico. 


Como mencionado anteriormente, é importante excluir causas de osteíte púbica relacionadas a outras especialidades como: hérnia inguinal, prostatite, diverticulite, infecção urinária, gravidez ectópica e neuropatia periférica.


Quais são as opções de tratamento disponíveis para a osteíte púbica?


O tratamento da osteíte púbica, na grande maioria dos casos, é conservador e engloba:


  • Repouso;
  • Medicação anti-inflamatória e analgésica;
  • Terapia com gelo;
  • Fisioterapia motora;
  • Massagem e liberação miofascial;
  • Hidroterapia;
  • Reeducação dos gestos esportivos;
  • Terapia de ondas de choque;
  • Tratamento da doença de base que esteja causando a pubalgia, por exemplo, hérnia inguinal. 


Assim, a cirurgia está reservada para os pacientes que não melhoram com tratamento clínico. 


Na cirurgia, realizamos a liberação parcial dos tendões dos músculos reto abdominal e adutores com objetivo de enfraquecê-los e, assim, atingir um reequilíbrio muscular. 


O trabalho de reinserção para a atividade esportiva de cada paciente é realizado individualmente, pois pode depender do quadro inicial da doença e da evolução do paciente ao longo do tratamento. 



Existem medidas preventivas que podem reduzir o risco de desenvolver osteíte púbica?


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A melhor forma de prevenção da osteíte púbica é o preparo físico do corpo para determinadas atividades, fortalecendo o CORE e a estabilidade pélvica. 


Ainda assim, mesmo um atleta bem preparado sofre lesões.


Podemos prestar mais atenção nos sinais de alerta do corpo, a fim de tentar evitar episódios de sobrecarga das estruturas. 


Além disso, orientações e treinamento para as práticas esportivas também são essenciais, possibilitando correção na execução de movimentos e nas posturas durante as atividades.


Existem alguns outros cuidados importantes também, como por exemplo: 


  • Aplicação de gelo após atividades físicas: 20 minutos no local;
  • Aquecimento do corpo;
  • Hidratação;
  • Utilização de equipamentos adequados: calçados.


Como vimos, a osteíte púbica é uma doença que demanda um diagnóstico preciso.


Caso você sinta os sintomas citados neste artigo, procure o ortopedista especialista em quadril para lhe auxiliar.



Lembre-se, agir precocemente pode evitar complicações futuras e contribuir para o seu bem-estar a longo prazo!


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