Uma fratura de quadril poderá ocorrer ao longo da vida de uma pessoa, sendo mais comum em idosos. É uma lesão que gera dor e dificuldade na mobilidade e demanda atenção e tratamento adequado.
O quadril é a maior articulação do corpo humano, do tipo esferóide, e possui movimento em três planos:
Tem a função de suportar a carga axial do corpo e possibilitar os movimentos dos membros inferiores viabilizando, por exemplo, a marcha.
É composto pelo fêmur (osso da coxa) que é o maior osso do corpo humano e sua parte superior, denominado fêmur proximal, se articula com o acetábulo na bacia.
A estabilidade do quadril depende, principalmente, de seu arcabouço osteocartilaginoso, da cápsula articular e da musculatura.
As fraturas no quadril podem ocorrer em pacientes jovens envolvidos em acidentes automobilísticos ou traumas de grande energia.
Entretanto, fraturas do fêmur proximal ocorrem com maior frequência em pacientes idosos, que apresentam ossos mais fracos e com osteoporose.
Geralmente, as fraturas do quadril acontecem por traumas de baixa energia, como a queda da própria altura.
Eventualmente, os ossos estão tão enfraquecidos que também podem se quebrar com a movimentação normal do quadril, ocasionando a queda ao solo.
Podemos dividir os tipos de fratura do quadril pela localização anatômica que ocorrem, por exemplo:
As fraturas mais comuns ocorrem no colo femoral e na região transtrocanteriana, com predomínio em mulheres idosas com osteoporose.
Além disso, existem também outras classificações dos tipos de fraturas que visam auxiliar na definição do tratamento que será proposto ao paciente.
A fratura no quadril, principalmente em idosos, apresenta altas taxas de morbidade e mortalidade.
Com o aumento da expectativa média de vida da população, houve também um aumento do número dos casos de fratura do quadril.
Além disso, o número de fraturas em jovens têm aumentado devido ao aumento do número de acidentes de trânsito.
Podemos citar como principais fatores de risco:
Os que diminuem a massa óssea:
Os que aumentam risco de quedas:
O sintoma mais comum é a dor na virilha associada ao encurtamento do membro inferior afetado e incapacidade de marcha.
Além disso, a dor poderá irradiar para coxa ou joelho.
Após a avaliação do médico ortopedista, será necessário realizar as radiografias, que geralmente são suficientes para o diagnóstico.
Todavia, em alguns casos pode ser necessário a realização de tomografia computadorizada ou até mesmo uma ressonância magnética para se ter um diagnóstico adequado.
Na maioria dos casos, o tratamento da fratura no quadril demandará o tratamento cirúrgico e, quando feita precocemente, a cirurgia pode diminuir o risco de mortalidade do paciente.
Além disso, a execução da cirurgia irá proporcionar uma recuperação com menos dor e complicações. Ou seja, o tratamento cirúrgico está relacionado ao menor tempo no hospital, melhor reabilitação e menor mortalidade.
Assim, as cirurgias de tratamento de fraturas do quadril são consideradas cirurgias de urgência e, dependendo do tipo de fratura, a cirurgia pode ser feita com parafusos, placa, haste intramedular ou prótese de quadril.
Em geral, as fraturas se consolidam entre 6 e 8 semanas. Entretanto, o tempo de recuperação de cada paciente pode variar de acordo com alguns fatores, como a gravidade da fratura, a técnica cirúrgica utilizada, o quadro clínico do paciente e a reabilitação.
Assim, iniciar a fisioterapia o mais breve possível será essencial para trazer o paciente ao seu ambiente e rotina.
Além disso, será muito importante para evitar complicações associadas a fratura, como depressão ou infecções oportunistas, por exemplo, a pneumonia ou infecção urinária.
Vale ressaltar que a sustentação do peso é muito importante para que o paciente tenha uma recuperação ideal.
Um dos principais fatores para as fraturas no quadril são as quedas, que ocorrem por circunstâncias multifatoriais.
Para preveni-las é importante fazer profilaxia e tratamento de doenças clínicas crônicas, como por exemplo a osteoporose.
Além disso, devemos também priorizar hábitos de vida saudável baseados em boa alimentação e atividades físicas de rotina.
Outro ponto essencial será organizar o ambiente do idoso, ou seja, ter cuidado com escadas, tapetes, objetos largados no chão, presença de animais, calçados e iluminação.
Outras medidas possíveis para ajudar na prevenção de quedas são uma educação do paciente e dos familiares, revisão periódica de medicamentos de uso contínuo, atenção ao transitar pela casa à noite e uso de apoio para levantar e sentar.
Dessa maneira, será possível evitar ou diminuir o número de acidentes domésticos dos idosos e, consequentemente, as fraturas no quadril.
Lembre-se que, diante de uma queda ou quaisquer sintomas nesta região, será essencial procurar um ortopedista especialista em quadril para fazer um diagnóstico preciso e, se necessário, iniciar um tratamento o quanto antes.
O post Sofri uma fratura de quadril, e agora? apareceu primeiro em Dr. Ricardo Kirihara.
DR. RICARDO KIRIHARA
Dr. Ricardo é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e cursou Ortopedia e Traumatologia no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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